Personagens

sexta-feira, 9 de março de 2012

Need You Now /Jace and Clary!


Me desculpem pelos erros!O nome dessa autora é Letícia!Boa leitura. 

Jace:26 anos
Clary:25 anos
Lembrando nessa fic Jace e Clary não descobriram que são irmãos!

POV: JACE
Eu estava sentado no topo de um prédio, olhando para a minha cidade a espera de algo legal naquele domingo. A brisa brincava com os meus cabelos loiros, eram suaves aqueles toques, quase carinhosos, o mesmo aroma de frutas estranhas de sempre por causa da floresta perto de mim, mais especificamente atrás de mim. A noite ia caindo ao longe, o céu tomando cores amareladas e laranjadas, daquele modo que eu adorava assistir, me distraíam da minha vida sempre tão confusa.
Sorri para o nada, os meus vinte e seis anos sempre comigo agora, uma historia totalmente daquela que um dia pensei quê fosse. Era estranho para mim pensar no passado, mas não me fazia de rogado ao relembrar. Sempre éramos nos três: Eu, Isa e Alec, contra todos os monstros que ameaçavam a vida dos humanos ou de algum outro caçador das sombras, pois é, muitas coisas mudaram.
Faziam mais ou menos seis ou sete anos que eu não via a minha garota, ou quase garota. A minha “maninha” tinha ido morar em outra cidade, da qual não me disse, e depois daquilo, nunca mais nos conversamos, ou trocamos qualquer tipo de cartas. Ela me evitava, por alguns motivos que eu nunca entendia, ela nunca gostou de mim do mesmo jeito que eu. Se ela soubesse o que conseguia fazer comigo! Após aquela confusão toda, os únicos que eu ainda me encontrava as vezes era os mesmos que caçavam comigo antes. Sim, somente meus irmãos de consideração. Nem mesmo vi mais o Simon, gostava daquele cara, era divertido conversar com ele mesmo que quisesse namorar a Clary.
Então, era apenas mais um dia como caçador das sombras, esperando a noite engolir tudo naquele breu e matar alguns demônios que atormentavam por ali.
Agachei, abaixo de mim, o precipício até o asfalto se demonstrando bastante destemido, me chamando para pular mais uma vez como sempre, mas não, eu iria esperar. Na minha mão, Sanvi brilhava convidando alguém se aproximar, mas aquilo me lembrava ELA no dia em que perguntou para mim e para Alec o que estávamos fazendo, no primeiro dia no instituto. Um sorriso se apoderou dos meus lábios, a lembrança daquela garota sempre me fazia feliz. O seu modo de brigar comigo, as suas ideais malucas, os seus desenhos, as suas runas que eu ainda usava algumas, tudo nela era legal e delicado.
Mas, aqueles pensamentos e os martírios poderiam ficar para mais tarde, agora o negocio ia ficar divertido. Jovens saiam dos clubes noturnos, conversando entre si, rindo ruidosa e extravagantemente, as roupas geralmente curtas das garotas. Eu me recordava bem dessa época, as meninas que eu pegava. Sim, era bem divertido.
Assistia aquilo com uma curiosidade surpreendente quando vi uma pessoa que realmente se destacava, mas que também não era o demônio que eu queria, nem mesmo um monstro. Talvez o meu demônio particular, mas nada de sobrenatural. Cerrei meus olhos afim de ver se era o que eu pensava ser, foi nesse momento que ela se virou procurando algo e encontrou os meus olhos sem querer. Senti-me para e afogar naquele verde que eles eram, duas esmeraldas brilhosas do mesmo jeito que guardei a memória. Seu cabelo ruivo agora estava solto, uma boina branca em sua cabeça, um sobretudo italiano até o joelho da mesma cor da boina dava-lhe um ar jovem e serio ao mesmo tempo, usava luvas em suas mãos femininas e uma bolsa preta e delicada era segurada pelos seus dedos. Ela também pareceu em choque por ter olhado exatamente ali, no alto de um lugar que jamais pensaria olhar, e me ver. Talvez tenha esquecido que ali era a minha cidade, eu vivia para ela. De longe, eu conseguia escutar os saltos dela batendo, correndo provavelmente, mas não fiquei para descobrir. Correndo para o outro lado, pulei na esquina contraria a dela. Absorvi o impacto, agradecendo por não ter ninguém por ali, arrumei o meu terno por baixo do casaco de pesado, passei as mãos no cabelo agora cortado de um jeito um pouco militar e fui andando, calmamente, como se nada tivesse acontecido.
POV: CLARY
Eu tinha certeza que era ele, ninguém tinha aquele modo felino de ficar de esgueira, analisando o que todos faziam. Sem contar os olhos dourados, líquidos eram visíveis até em incidência de luz, os cabelos loiros e o seu objeto de caça, Sanvi, resplandecendo naquela escuridão. Não poderia ser outra pessoa, mas o que mais me mantinha curiosa era o fato de eu ter olhado exatamente aonde ele estava,. Aquilo fora uma atração? Não sabia, contudo meu coração pulava loucamente dentro do meu peito. Sem pensar, sai correndo para aquele arranha-céu, sem me importar com nada, só desejava vê-lo a minha frente com um sorriso sagaz naquele rosto bonito. E quando olhei para cima novamente, não tinha nada ali. É talvez eu estivesse ficando louca, a minha obsessão por encontrá-lo durante todo esse tempo estava me dando ilusões agora. Só o que me faltava.
– Ele não esteve ali, Clare - falei andando com mais rapidez por causa do encontro marcado que eu tinha com Simon. Depois de anos, resolvi vir vê-lo, sem contar que agora ele estava quase se casando e eu finalmente iria conhecer a sua noiva.
Os encontrei na frente de um restaurante luxuoso,de mãos dadas e um sorriso acolhedor pra mim que nunca mais tinha visto em nenhuma outra pessoa. Simon abriu os braços para mim e eu lhe apertei, a minha cabeça naquele peito onde sempre procurava carinho e sempre recebia.
– Clary - sussurrou ele, de um modo dócil.
– Simon - o soltei - Como você está?
Ele passou os olhos por todo o meu corpo antes de sorrir.
– Estou mais do que bem e vejo que cresceu, minha maninha está mais bonita!
Não pude evitar de rir com isso, então passei os olhos para a menina de lindos cabelos negros, olhos azuis piscina e um sorriso de revista americana. Sim, ela era muito bonita mesmo, me senti um nada ao seu lado. Simon havia escolhido bem a sua parceira.
– Clary, essa daqui é Susan, minha noiva - disse Simon - Susan, essa daqui é a minha melhor amiga e quase irmã, Clary.
Apertei a mão estendida da mulher, um sorriso também entalhado no meu rosto. Eu gostava de ver Simon feliz, era bom para ele depois de tudo o que sofreu. Valia a pena.
– Vamos entrar, garotas? Estou com fome!
Fomos rindo para dentro do restaurante, talvez aquela fosse a minha melhor lembrança do dia.
O jantar foi extremante divertido e calmo. Descobri muito sobre a Susan: era médica, conheceu Simon em uma festa de amigos de trabalho, filha única e somente pelo olhar, loucamente apaixonada no meu melhor amigo. Nos tornamos grandes amiga para um só dia, era fácil gostar dela e como o meu amigo amava ela, fiz de tudo, o impossível e o possível para que ela me aceitasse e não visse problema algum em me ter por perto, o que era a pura verdade uma vez que ele estava perdido no olhar azul dela.
– Hum.... O jantar realmente estava muito bom, Simon - falei deixando uma nota de cem dólares em cima da mesa - Mas tenho que ir, desculpe.
– Menina importante - brincou ele pescando o dinheiro e colocando de volta na minha bolsa - Eu pago, pode deixar, Clary.
– De jeito nenhum - neguei - Não mesmo, Simon
– Clary - ele me encarou - Por favor, eu pago.
Fiquei ali, segurando o seu olhar até ver que não funcionaria, bufando, colei um beijo na testa dele e um na bochecha de Susan que já acenava para mim.
– Tenha uma boa noite - falei um pouco mais alto para que eles escutassem e sai para o frio de Nova York. O vento fez meu corpo tremer, mas mesmo assim em forcei a andar. Não era muito longe dali onde eu estava hospedada, sem contar que teria de parar na lojinha de conveniência para comprar algum refri ou algo assim pois não tinha no hotel, estavam em falta de acordo com eles. E apesar de cinco estrelas não ter, me deram um cartão para que eu comprasse naquela loja, tudo por conta deles.
POV: JACE
Depois de ficar horas pensando naquela garota que mexia tanto comigo, entrei na cafeteria/loja de conveniência. Aquele cheiro de café inundou as minhas lembranças, me sentia bem ali, naquele local. Era rotineiro me ver ali por essa hora da noite.
– O mesmo de sempre? - perguntou Lana, a garota que trabalhava ali, quando me sentei na mesa do canto, também rotineira.
– Sim, Lana, o de sempre - dei o meu melhor sorriso a ela e a assisti ir arrumar o meu pedido. Será mesmo que era Clary aquela mulher linda? Ela teria voltado para cá porque? Com certeza para ver Simon, já que fugiu de mim, mas, será que ela me reconheceu? Tomará que não, o que eu faria se ela parasse a minha frente? Não, não poderia ter me reconhecido, mas, também podia nem ser ela, podia ser qualquer outra garota de olhos verdes, cabelo ruivo e olhar marcantes. A quem eu estou querendo enganar, era ela sim! Não há como negar, meu coração pulou. Idiota o meu método, mas o único que eu tinha, e nunca havia sentido ele bombear com tanta força, somente uma pessoa fazia isso comigo! Apoiei minha cabeça em minhas mãos, tentando forçar a chegar a alguma resolução. Por que toda vez que era algo a ver com aquela garota meu cérebro não funcionava? Droga.
– Aqui seu café puro - Lana coloco a xícara entre meus cotovelos e saiu.
O que estava acontecendo comigo? Ela só estava na cidade, nada demais! Dei um gole no liquido quente que eu acostumei a beber todas as vezes que não conseguia planejar algo e encostei minhas costas na cadeira de couro vermelho. Ao todo, eram sete mesas embutidas nas paredes, como pequenos gabinetes com somente uma mesa branca no meio. Parecia-me um daqueles locais onde pessoas da década de oitenta vinha para tomar Milk Shake e brincar com os amigos.
O sino tilintou avisando a entrada de alguém e eu olhei por instinto. Nunca me arrependi tanto. Lá estava ela, tirando o seu casaco branco, mostrando todos os seus dotes naquele vestido também branco somente com um tipo de espartilho preto que valorizava seu busto. Estava completamente encantado com a beleza dela se fosse realmente Clary. Ela sorriu para Lana ao pedir algo para tomar, quando por força de alguém superior a nos (como se eu acreditasse nisso!) seu verde encontrou o meu castanho amarelado. Sim, era ela e sim, ela me reconheceu, mas parecia em choque. Me apressei em tomar o restante do café, para poder ir embora, mas ao passar por ela, vestindo o meu casaco, sua mão pequena segurou o meu braço, me forçando a olhá-la. Novamente, afoguei nos seus olhos, verdes como os jardins de primavera.
– Jace? - perguntou ela baixinho naquela voz que me fazia amolecer. - É você?
Dei um sorrisinho de canto.
– Sim, Clary, sou eu - admiti.
Não esperava sua reação, qualquer coisa menos um abraço apertado. Demorei a retribuir por choque, mas assim que o fiz, não queria mais me soltar. Ainda tinha aquele cheiro doce de... Clary, não havia outra fragrância igual ou comparável. A apertei com toda a força que tinha, escutando um choro abafado dela em meu pescoço, seus bracinhos envoltos na minha cintura. Meu coração já não cabia mais no peito de tanto que saltava pela proximidade dela, e mesmo assim, não doía, era a melhor sensação do mundo. Ela olhou para cima e sem esperar mais nada, me beijou de uma forma que nunca mais pensei que poderia sentir depois daquele na estufa do instituto. Havia carinho, amor e saudade nos nossos lábios, se movendo sem medo de ser feliz no instante de agora. Suas mãozinhas se prenderam nos fios de cabelos curtos da minha nuca, me puxando cada vez para mais perto, e ela nem precisava fazer isso. Espalmei minhas mãos nas suas costas, empurrando seu corpo contra o meu, procurando unificá-los. Entretanto, precisávamos de ar. Com um selinho, separei nossos lábios e encostei minha testa na sua, de olhos fechados, somente deliciando-me com sua presença. Ela também não fez nenhum movimento que dizia querer se afastar, embora tenha ficado totalmente apoiada em meus braços, parecia faltar-lhe ar tanto quanto em mim.
– Eu te encontrei - ela murmurava de segundo em segundo, como um mantra. - Sabe como eu fiquei doida quando o pessoal do instituto falou que você fugiu? Que não queria mais me ver?
Abri os olhos, pasmo por estar ouvindo aquilo e fitei os delas.
– Mas eu não fugi, pensei que você não queria mais saber de mim - respondi singelo.
– Eu te procurei por toda a parte de Jace! - exultou-se ela, afagando meu rosto com os dedos delicados e femininos. - Nunca mais te encontrei, demorei seis anos!
– Mas agora achou - sussurrei e a beijei de novo.
Fechando a porta do seu quarto do hotel com o pé, joguei o meu casaco e o dela em qualquer lugar juntos com a sua bolsa e continuei a beijá-la, cada vez mais perto, até cairmos na sua cama. Sua boca cada vez pedido por mais, suas mãos explorando por baixo da minha blusa social, seu corpo me chamando. Não conseguia acreditar que iria amar pela primeira vez a garota que tanto sonhava, era tanta a emoção que nem se quer respirava enquanto tomava seus lábios em beijos cheios de luxuria e amor mesclados. Com um movimento, ela tirou a minha blusa e me puxou para mais perto. Desci os meus lábios para seu pescoço, aproveitando cada parte que tinha ali, dando mordidas fracas que a faziam chamar o meu nome, minhas mãos passeando pelas suas pernas, loucas para tirar aquele vestido colado que me deixava louco. Mas, me refreie e tratei de desamarrar primeiro o semi-espartilho, demorei no processo ao sentir suas costas se arqueando com meus dedos por ali, suas unhas arranhando com leveza os meus braços, totalmente entregue a mim. Assim que o retirei, deslizei as minhas mãos pela abertura do zíper do vestido, apanhando com amor cada parte dela. Então, estávamos somente de roupa intimas. Nunca tinha visto uma mulher tão linda como ela, sempre pensei muito em como seria, mas agora, ali, não sabia nem mesmo o que pensar, somente que estava com ela, amando-a. E assim, foi a nossa primeira vez: sem palavras para descrever mas completamente maravilhosa.
QUATRO ANOS DEPOIS
– O que a mamãe disse sobre trazer o ursinho em? Vai perder desse jeito, Eliza - brigou Clary, apanhando da mão de nossa filha o animalzinho de pelúcia que arrastava no chão e a trazendo para seu colo junto - Você não tem jeito mesmo, garotinha.
– Ela tem muito de você - sussurrei no ouvido de minha mulher, um braço em torno de seus ombros. Depois de descrermos o que realmente tinha acontecido e perdoado o pessoal do instituto, eu e Clary nos casamos. Ela já grávida, o que me fez mais feliz ainda. Não tinha um homem que poderia ser mais amando do que eu.
Clary sorriu para mim antes de colar um beijo nos meus lábios, e me passar a nossa queridinha.
– Ela já está grande demais para andar comigo - explicou ela, passando um braço a minha volta enquanto andávamos por uma rua bastante conhecida para nós dois.
– Onde vamos, papa? - perguntou Elizabeth, os olhos verdes de Clary me fitando com curiosidade brilhando, os cabelos loiro arruivados presos em um rabo de cavalo frouxo de onde pendiam pequenos cachinhos, o sorriso que reconhecia como meu e o olhar afiado da mãe. A divisão perfeita. Lhe dei um beijo na testa, sorrindo, era tão lindo ela me chamando de papai.
Clare riu do meu lado, se aconchegado ainda mais sob meu braço, uma verdadeira família feliz.
– Já estamos chegado, Eli - respondi vendo aquela cidade chegar cada vez mais perto.
– Será que ela vai gostar da nossa casa? - questionou Clary, somente para eu escutar, mas não funcionou. Isso que dá ter uma filha que tem de ambos os lados um pouco acima do normal o sangue de anjo nas veias.
– Casa, no complamos uma casa, eba! - Eliza bateu palmas fazendo eu e Clary rir. - Onde vamos molar?
Não respondemos, apenas a colocamos no chão, cada um segurando uma mãozinha sua, a minha com o ursinho em forma de leão que Clary tinha dado dizendo ter lembrado de mim, e juntos entramos nos portões. Todo mundo sorrindo para a gente, dizendo “oi Clarisse” ou “oi, Jonathan” e aquela popularidade toda, alguns até mandando beijinhos para Eliza que se divertia. Então paramos na frente da nossa casa agora.
– Aqui é a sua casa - falei agachando ao seu lado com Clary a se inclinar em minhas costas, como fazíamos quando adolescentes, também escutando o que eu dizia. Eliza me encarou feliz.
– Aqui, minha querida, é Idris, a sua cidade - falou minha mulher, dando um beijo na sua cabeça e nós três, ficamos ali, por um tempo, somente vendo a mansão que moraríamos.
– Idris - gritou nossa filhinha, correndo para dentro da casa.
Não deixei que Clary a seguisse, pois a tomei em um beijo delicado.
– Nossa casa - sussurrou ela com lagrimas nos olhos. Beijei cada gotinhas que teimava em escorrer pelo seu rosto e concordei.
– Idris, nossa casa!
– Eu te amo, Jace - balbuciou me abraçando, a rodei também em êxtase por voltar aonde nasci.
– Eu também Clary!
– Papa, mama - berrava Eliza lá de dentro, até aparecer parecendo uma boneca na porta - Vem pla casa!
Rindo acompanhamos nossa querida, o meu amor com o de Clary, ali, naquela garotinha. E nunca mais, olhei para trás, pois aquela, era a minha família, meu amor, minha casa, minha Idris!

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